terça-feira, 2 de maio de 2017

O Caçador de Renegados - Prólogo

O ambiente é escuro. O ar viciado, demonstra pouca ventilação, cheiro de ovo podre, enxofre...

Roberto vai descendo as escadas, esculpidas na rocha, de uma caverna. Ainda não entendeu o que faz ali, mas sua 9 mm está na sua mão esquerda, o que significa que há perigo. Ao fundo a única fonte de luz, uma luz bruxuleante, provavelmente de tochas. Ouve-se um rumor, um cântico ainda indecifrável, porem percebe-se que faz parte de algo maligno...

Um culto.

Ele chega à porta e percebe um enorme salão, provavelmente duas centenas de pessoas, em volta de um altar. Essas pessoas não tinham o rosto visível, pois usavam uma capa com capuz. No centro, um altar. Em pé uma figura alta, o manto era mais trabalhado o que denotava ser um sacerdote daquele culto. Mas o que mais horrorizou Roberto estava no altar: uma vitima, pronta para ser sacrificada em nome de alguma divindade sedenta de sangue. De imediato Roberto foi se aproximando do altar, lentamente para não chamar a atenção. Mas, há medida que se aproximava o canto se elevava e foi percebendo que precisava se apressar pois o momento do holocausto também se aproximava.

Ao finalmente aproximar-se do altar o sacerdote retirou o capuz, mostrando o rosto pálido, sem pêlos nem cabelos, os olhos vermelhos fitam diretamente nos olhos de Roberto e uma voz que pareceu saída das profundezas do Inferno disse:

- Bem vindo, Roberto... Você já era esperado. Venha para o nosso festim...

Nesse instante dois dos acólitos se aproximam por trás, desarmando e agarrando Roberto pelos braços. É quando todo o horror se revela: a vitima que está no altar é Marcia, sua esposa, que se encontra num transe hipnótico ou narcotizada, no exato momento em que o sacerdote levanta uma adaga de três laminas, em forma de um tridente e profere uma frase, em latim:

- Sanguis vitam est!!

Marcia se vira, e percebe Roberto imobilizado. Tem tempo para um grito:

- Betoooooo!!!!


- Nãããããããooooo!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário